quinta-feira, 17 de maio de 2018

Morcegos

               OS MORCEGOS

                 Morcegos e suas espécies

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Também sendo conhecido como andirá, guandira ou guandiruçu na língua tupi, o nome morcego deriva do latim muris (rato) e coecus, e é justamente essa imagem que grande parte das pessoas têm desse mamífero, um rato com asas que suga sangue, tornando-se evidente o desconhecimento da importância ecológica desse animal.
Tudo Sobre os Morcegos









Classificações Inferiores do Morcego

A ordem dos quirópteros é uma das mais diversificados entre os mamíferos, apresentando 18 famílias, 202 gêneros e 1120 espécies. Atualmente existem 5416 espécies de mamíferos conhecidas, sendo que 22% são representados por esse grupo que é dividido em duas subordens: megachiroptera e microchiroptera.

Megachiroptera



Morcego Megachiroptera
Morcego Megachiroptera

Essa subordem abriga 150 espécies em um única família: Pteropodidae. Não existe nenhuma espécie de megachiroptera no Brasil, mas podem ser encontrados na região tropical da África, Índia, sudeste da Ásia e Austrália,
Possuem aparência similar com as raposas, sendo conhecidos, por essa razão, como raposas-voadoras. O tamanho varia de médio a grande porte.
Utilizam a visão como forma de orientação, por isso apresentam olhos grandes. Possuem orelhas pequenas e sem a presença do tragus, que é aquela pequena cartilagem na parte externa da abertura auricular. Também não apresentam nenhuma característica nasal e fácil específica já que, com exceção de uma única espécie, não são capazes de se guiar com a ecolocalização.












Microchiroptera



Morcegos Microchiroptera
Morcegos Microchiroptera

São os morcegos “tradicionais” que estão divididos em 17 famílias que abrigam um total de 930 espécies. Podem ser encontrados em todos os lugares do planeta, exceto nos polos.
Possuem um tamanho bem diversificado, variando de médio a pequeno. Existe espécie com 3 gramas e 15 cm de envergadura até uma espécie que pode chegar a 190 gramas, 15 cm de corpo e 70 cm de envergadura.
Devido a utilização da ecolocalização como principal forma de orientação, possuem olhos pequenos e orelhas grandes com o tragus bem desenvolvido, apresentando características ornamentais nasais e faciais em grande parte das espécies.
No Brasil, existem 9 famílias e 167 espécies conhecidas de morcegos, sendo a ordem com mais diversidades de espécies do país, perdendo apenas para a ordem Rodentia, que possuí 235 espécies.

Famílias de Morcego no Brasil

– Phyllostomidae com 90 espécies;








Morcegos Phyllostomidae
Morcegos Phyllostomidae

– Molossidae com 26 espécies;








Morcegos Molossidae
Morcegos Molossidae

– Vespertilionidae com 24 espécies;








Morcegos Vespertilionidae
Morcegos Vespertilionidae

– Emballonuridae com 15 espécies;







Morcegos Emballonuridae
Morcegos Emballonuridae

– Mormoopidae com 4 espécies;







Morcegos Mormoopidae
Morcegos Mormoopidae

– Thyropteridae com 4 espécies;







Morcegos Thyropteridae
Morcegos Thyropteridae

– Noctilionidae com 2 espécies;







Morcegos Noctilionidae
Morcegos Noctilionidae

– Furipteridae com 1 espécie;




Morcegos Furipteridae



Morcegos Furipteridae

– Natalidade com 1 espécie.







Morcegos Natalidade
Morcegos Natalidade

Origem e Evolução do Morcego

A origem dos morcegos é muito antiga, mas seu processo evolutivo é cercado de dúvidas. Esse animal possui um esqueleto pequeno, delicado e de difícil fossilização.
O registro do fóssil mais antigo que possui alguma característica dos morcegos, são dentes descobertos na França e remete à época Paleoceno. Esse fóssil também apresenta características da ordem Soricidae, podendo-se associar a ambos os grupos. É impossível constatar, apenas com exame dos dentes, se havia a presença de alguma estrutura alada.
O fóssil denominado Icaronycteris index encontrado em rochas Eocênicas (60 milhões de anos) e o fóssil Palaeochiropterys tupaiodon encontrado na Alemanha com 50 milhões de anos, são os mais antigos e completos desse animal, mas não apresentam nenhuma característica intermediária com os morcegos atuais, sendo similar ao que encontramos hoje em dia, inclusive com a presença da ecolocalização.




Origem e Fóssil do Morcego
Origem e Fóssil do Morcego

A hipótese mais aceitável é que o início da diversificação das plantas com flores acarretou na abundância de insetos ocasionando um aumento de mamíferos da ordem insectivora (essa ordem não é mais utilizada no sistema de classificação moderna). Algumas espécies insectívoras também se alimentavam de pequenos mamíferos, tornado os ancestrais dos morcegos presas fácies. Por essa razão acredita-se que os ancestrais dos morcegos fossem noturnos e evoluídos de um pequeno mamífero que viviam nas árvores.
Após milhões de anos saltando de uma árvore para outra em busca de alimentação, a seleção natural orientou para o desenvolvimento de membranas, a fim de possibilitar que esses animais planassem até se tornarem os voadores que conhecemos.

Características Gerais





Características Gerais do Morcego
Características Gerais do Morcego

É o único mamífero que pode realmente voar e não apenas planar e, na natureza, pode viver até os 20 anos, o que é considerado uma expectativa de vida longa, quando comparado a outros mamíferos do mesmo porte.
Devido a uma adaptação fisiológica única, o morcego consegue ficar pendurado de cabeça para baixo sem qualquer esforço físico, sendo uma maneira eficiente de poupar energia e descansar. A asa do morcego não tem capacidade de alcançar voo sem um impulso inicial, portanto é necessário subir, com a utilização das garras, em uma superfície alta para iniciar o voo. Dormindo de cabeça para baixo, em um lugar alto, o morcego está pronto para voar quando precisar escapar do abrigo.
A retina é caracterizada pela presença de poucos cones, que é uma estrutura relacionada com a percepção de cores. Mas ao contrário do que usualmente se acredita, os morcegos não são cegos embora grande parte dos microchiroptera se utilizem principalmente da ecolocalização para se orientarem.


A ecolocalização, sistema exclusivo desse grupo de animais, funciona através da transmissão de sons de alta frequência pela boca ou nariz que refletem na superfície do ambiente, indicando a direção e distância dos objetos. Por isso um morcego consegue, de maneira eficiente, se desviar de objetos quando caçam insetos mesmo na escuridão total.
Os sons emitidos pelo morcego também podem possuir outras finalidades além da ecolocalização, como comunicação, acasalamento e sistema de alerta. Nós, humanos, não temos capacidade de ouvir alguns desses sons emitidos.

Hábitos do Morcego






Hábitos do Morcego
Hábitos do Morcego

Os morcegos se abrigam nos mais diversos locais. Na natureza são encontrados em cavernas, tocas de pedras, dentro de tronco ocos de árvores, folhas não abertas de algumas espécies de bananeiras e cupinzeiros. Em áreas urbanas já foram encontrados em prédios abandonados, pontes, forros de casas e prédios, interior de churrasqueiras, tubulação fluvial, pedreira abandonada e até em aparelhos de ar condicionado.
Não tem apreço a climas frios, portanto costumam hibernar ou migrar, podendo se deslocar por até 1700km. No Brasil, nenhuma espécie hiberna e, apesar de se deslocarem bastante, não percorrer longas distâncias.

Alimentação do Morcego

Dentre os mamíferos, o grupo dos morcegos é um dos que apresentam maior diversidade de hábitos alimentares, sendo observados todos os tipos de nível alimentares, com exceção do saprófago, isto é, seres que se alimentam de cadáveres de plantas e animais.
Carnívoros: Se alimentam de pequenos vertebrados, como pássaros, anfíbios, répteis e até outros mamíferos, incluindo morcegos de outras espécies.




Morcegos Carnívoros


Morcegos Carnívoros

Frugívoros : Se alimentam predominantemente de frutos e desempenham um importante papel na dispersão das sementes, sendo que, em algumas florestas de região tropical, calcula-se que 25% das espécies das árvores tenham sida dispersas por morcegos.
Hematófagos : Se alimentam exclusivamente de sangue de mamíferos ou aves, através de um pequeno corte feito nos animais com seus incisivos. O morcego vampiro é responsável pela visão negativa que usualmente se tem sobre os morcegos, apesar de serem representados por apenas três das mais de mil espécies conhecidas. Apesar da raiva ser comum nesses animais, a transmissão ao homem é rara, diferente da raiva em gado, onde o morcego hematófago é um potente transmissor.
Insetívoros: Se alimentam de insetos, tendo um papel importante no controle de insetos. Em uma única noite, algumas espécies conseguem comer até uma quantidade de insetos que ultrapassa seu próprio peso. Os insetos capturados incluem desde pragas prejudiciais a lavoura, até mosquitos transmissores de doença, como a dengue.
Onívoros: Misturam vários hábitos alimentares como insetos, frutas e até pequenos vertebrados.


Morcegos Onívoros

Morcegos Onívoros

Piscívoros: Se alimentam de pequenos peixes, usando a ecolocalização como ferramenta de pesca.
Nectarívoros/polinívoros: Se alimentam do néctar e pólen das plantas, possuindo inclusive pelos faciais para o transporte do pólen. Estima-se que o papel do morcego seja de extrema importância na polinização de pelo menos 500 espécies de plantas neotropicais, onde muitas dessas plantas, são importantes economicamente para o homem como fonte alimentar ou ornamental.
Folívoros: Se alimentam de diversas folha apenas como complemento a sua dieta.
Ranívoros: Se alimentam de rãs. Nenhuma espécie se alimenta exclusivamente de anfíbios sendo associado a outras fontes de alimento.

Reprodução

A gestação dura de 44 dias a 11 meses, resultando no nascimento de um único filhote. Em alguns casos podem nascer dois, três ou quatro filhotes em uma única gestação, sendo esse último número extremamente raro.
Geralmente cuidam dos filhotes durante os três primeiros meses e, enquanto algumas espécies deixam o filhote no local de repouso, outras preferem carrega-los durante o voo.

Importância dos Morcegos









Importância dos Morcegos
Importância dos Morcegos

Além das vantagens de dispersão de sementes e controle de pragas já apresentadas, o morcego apresenta outros fatores extremamente úteis ao homem. Servem de material de pesquisa na medicina, nos mais diversos segmentos, incluindo o desenvolvimento de vacinas.
O guano, que é o acúmulo de excremento e cadáver de um animal, é muito utilizado como fertilizante em várias regiões do mundo e na Ásia são comprados em casas de flores e supermercados.
Os morcegos também são uma fonte de alimento para alguns povoados da África e tribos indígenas do Brasil.

Conservação

No Brasil, os morcegos, assim como todos os animais silvestres, são protegidos por lei, conforme o Artigo 1º da Lei nº 5197, de 3 de janeiro de 1967:
“Os animais de qualquer espécie, em qualquer fase do seu desenvolvimento, que vivem naturalmente fora de cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são de propriedades do Estado, sendo proibida sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.”
Mas na prática, pouco se faz para a conversação dos morcegos, sendo que atualmente no Brasil cinco espécies estão ameaçadas de extinção. Existe uma severa e cada vez mais frequente aplicação de multas para aqueles que causam dados a todos os animais silvestres, menos aos morcegos.
Em vários países, como Austrália, Bulgária, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Tchecoslováquia, México, Itália, Polônia, Iugoslávia, Rússia e Estados Unidos, a proteção legal aos morcegos é implementada e funciona.
Uma sociedade desenvolvida deveria garantir a preservação de todo e qualquer exemplar da fauna sem qualquer tipo de preconceito. Apesar dos pontos positivos indiscutivelmente superarem os negativos, os morcegos no Brasil ainda são ameaçados por inseticidas, desmatamento e a motivação das lendas e superstições que cercam esse animal.

Fotos de Morcego

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Mas, e você? Estava errado com a visão que tinha desses mamíferos? Que tal deixar um comentário com a sua opinião?

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fonte:http://www.portaldosanimais.com.br

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