TUBARÕES E MAIS TUBARÕES
Na verdade, gosto particularmente destes animais. E se entraste neste artigo, suponho que também aprecies. Se foi por engano… vê as fotos na mesma! Ao longo do artigo encontras as informações mais interessantes sobre cada uma das espécies para que os possas conhecer um pouco melhor:
O Grande Tubarão Branco (Carcharodon carcharias). É um predador excelente, mas na verdade os seus ataques a seres humanos raramente são fatais, não costumam ser mais do que uma dentada que serve para “provar” a presa e decidir se continuam. Por sorte e como não gostam de carne humana, após a primeira dentada (normalmente) desistem
Apesar dos Tubarões Brancos serem também conhecidos por estes saltos ou voos extraordinários sobre as águas, ataques destes são raros porque os tubarões gastam muita energia em cada salto. Estes ataques são mais frequentes nas águas repletas de focas bebés, onde os tubarões atacam ferozmente de baixo para cima acabando por “voar”
O Tubarão Martelo (Sphyrna spp.) é um predador agressivo para com pequenos peixes, polvos, lulas e crustáceos. Não costumam atacar ser humanos, mas como têm uma postura muito defensiva, qualquer provocação resultará em ataque.
O Tubarão Touro (Carcharias taurus) tem um aspecto feroz e dentes pouco apelativos a uma aproximação amigável. No entanto, são relativamente dóceis e tal como o Tubarão Martelo na imagem anterior, só atacam seres humanos como arma defensiva, se provocados pelos mesmos. Esta espécie pode ser observada no Oceanário de Lisboa.
Uma das características dos Tubarões Brancos é a cor negra no topo, que lhes confere uma excelente camuflagem quando observados de cima na direção do fundo do mar. Desta forma, podem fazer emboscadas ás suas presas a partir de qualquer ângulo.
Tubarão Frade (Cetorhinus maximus) é o segundo maior tubarão existente e, por consequência, o segundo maior peixe. Com 10 metros de comprimento, alimenta-se do que filtra nas águas – geralmente plâncton, peixes pequenos e ovos. Pode ser encontrado ao largo das costas dos Açores
O Tubarão Lixa (Ginglymostoma cirratum) prefere manter-se junto ao solo das águas temperadas, a Oeste do Oceano Atlântico e a Este do Oceano Pacífico.
As fêmeas dos Tubarões das Galápagos (Carcharhinus galapagensis) são frequentemente observadas com marcas de dentadas junto das guelras e das barbatanas. Estas mordidas são feitas pelos machos numa demonstração de dominância.
O maior tubarão do mundo, o maior peixe do mundo. O Tubarão Baleia (Rhincodon typus) é um dócil gigante, que se alimenta de plâncton e pequenos peixes.
Provavelmente um dos animais mais estranhos já encontrados, o Tubarão Cobra (Chlamydoselachus anguineus) é uma espécie que se julgava extinta e é portanto considerado um fóssil vivo, como os Celacantos. Este tubarão de aparência e características primitivas, vem de uma linhagem que surgiu no Cretáceo há 90 milhões de anos, ou mesmo no Jurássico há 150 milhões de anos, e habita águas relativamente profundas. Em 2007 um exemplar desta espécie foi filmado no japão, mas o animal parecia estar debilitado e morreu pouco depois de ser transportado para um parque aquático.
O Tubarão Tigre (Galeocerdo cuvier) juvenil apresenta as listas tigradas que lhe valeram o nome, no entanto o padrão não é a única semelhança entre estes tubarões e os tigres: é que tal como o grande felino, também é um voraz predador.
A imagem clássica do Tubarão Branco, com a ponta da barbatana dorsal à superfície da água. Ao seu redor está um cardume de peixes, demasiado pequenos para valerem o gasto de energia necessário a caçá-los.
O Tubarão de Cabeça Chata (Carcharhinus leucas) é um dos tubarões com maior probabilidade de atacar seres humanos, pois costumam nadar junto ás águas costeiras mais rasas, que são também as preferidas das pessoas para dar mergulhos.
O Tubarão Lanterna (Etmopterus spp.) é uma espécie de tubarão algo rara. Geralmente com menos de meio metro de comprimento, habita águas bastante profundas do oceano e… brilha no escuro, daí o nome. Além de brilhar, o efeito da luz faz com que a silhueta deste tubarão se torne invisível quando observado de baixo, escapando facilmente aos predadores mais atentos.
O Tubarão de Pontas Negras do Recife (Carcharhinus melanopterus), que não deve ser confundido com o Tubarão de Pontas Negras (Carcharhinus limbatus), gosta de habitar as águas tropicais do Oceano Índico e Oceano Pacífico.
O Megaboca (Megachasma pelagios) é um tubarão raríssimo. Desde a sua descoberta em 1976 e até ao presente ano, 2011, só foram observados 51 tubarões desta espécie, 3 dos quais apanhados em vídeo. À semelhança do Tubarão Frade e do Tubarão Baleia, ambos já apresentados nesta fotogaleria, o Megaboca alimenta-se do plâncton e dos pequenos peixes que filtra na água. Com cerca de 5,5 metros de comprimento e 680 quilos de peso, possuem uma fisionomia única e são nadadores relativamente fracos, deslocando-se muito lentamente.
Infelizmente para o Tubarão Frade, o seu óleo de fígado tem um alto valor comercial, o que já levou algumas populações destes animais a desaparecerem e as que restam, necessitam de protecção. Fora o Homem, este tubarão praticamente não tem predadores. Os Tubarões Brancos alimentam-se de Tubarões Frade mas apenas dos que já estão mortos. Existe um relato de um pescador que afirma ter presenciado um ataque de Orcas a um Tubarão Frade, no entanto tal acto não voltou a ter qualquer testemunha ou registo.
O Tubarão Serra, da família Pristiophoridae (não confundir com o Peixe Serra, apesar do tubarão também ser um peixe), nadam junto ao solo e utilizam a “serra” exactamente para o mais óbvio: atingir as suas presas.
O Tubarão Raposa (Alopias vulpinus) destaca-se pelo enorme tamanho da sua barbatana caudal, como se pode ver na imagem. Esta barbatana, contudo, não serve apenas para “enfeitar”: usa-a para dissipar cardumes de pequenos peixes em grupos isolados, sendo assim mais fáceis de atacar. Chegam aos 6 metros de comprimento, embora quase metade do tamanho pertença à barbatana
O Tubarão Cortador de Bolacha (Isistius brasiliensis) tem um aspecto bastante peculiar. Recebeu este nome pois, ao alimentar-se, prende-se à vitima e começa a rodar sobre si mesmo formando uma marca circular na vítima, como uma bolacha. As marcas de dentadas deste Tubarão já foram encontradas em vários peixes, focas e até seres humanos, aliás já tinham sido detectadas antes de se conhecer o “culpado”. Pequeno (não chega a meio metro), costuma habitar águas profundas a quase 4 quilómetros de profundidade.
O Tubarão Mako (Isurus oxyrinchus), também conhecido como Tubarão Anequim, impressiona pela velocidade, sendo capaz de nadar a 50 quilómetros por hora, embora se pense que consegue atingir uns impressionantes 74 quilómetros por hora. Esta velocidade permite-lhes alimentar-se de peixes demasiado ágeis para serem apanhados por outros tubarões o que o coloca em vantagem na cadeia alimentar. Conhecido também pelos seus saltos fora de água e para dentro de barcos, é um dos poucos tubarões considerados perigosos para o ser humano. Apesar de algumas semelhanças físicas com o Tubarão Branco, tem um corpo mais aerodinâmico, barbatanas peitorais mais curtas e os dentes são visíveis mesmo com a boca fechada.
O Tubarão Anjo (Squatina squatina), que como se pode verificar na foto é exímio na camuflagem (não tanto como o Choco, claro), é um peixe que gosta de se enterrar no solo de águas relativamente profundas. Escondendo-se na areia, ataca as presas que têm o azar de passar demasiado perto do seu nariz. O Tubarão Anjo é diversas vezes confundido com as Raias, mas embora pertençam (Tubarões e Raias) à mesma família, são de grupos diferentes.
O Tubarão Bruxa (Notorynchus cepedianus) é o membro da sua família que habita águas mais rasas e costeiras, sendo que os seus parentes preferem habitar o fundo do oceano. É um tubarão insaciável e agressivo, alimentando-se de uma variedade de animais incluindo outros tubarões. Perigoso para o Homem, já foram relatados 5 ataques sem antes terem sido provocados ou ameaçados
Por último mas não menos importante, o relativamente bem conhecido Tubarão Azul (Prionace glauca) é um torpedo que só perde em velocidade para o Tubarão Mako (40 contra 50 quilómetros por hora). Com uma extraordinária capacidade migratória (como do Norte dos Estados Unidos à América do Sul), são também conhecidos como os “lobos do mar” pela organização social dos seus cardumes – por sexo e tamanho. Também é conhecido pelo nome de Tintureira.
Bônus
Nadando com tubarão baleia(Meu preferido)
Tubarão baleia |
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Até a próxima
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